O velório da diarista Alexandra Maria da Silva, 44 anos, morta pela amiga durante a madrugada desta quarta-feira (26) é de clima de revolta entre amigos e familiares. As últimas homenagens à Alexandra acontecem na Associação de Moradores do Uberaba, na rua Abóbora, próximo da casa dela. O velório está marcado para a tarde de hoje, em um cemitério municipal na região do Uberaba.
Alexandra tem marcas de agressão no rosto, nos braços e também nas pernas, segundo os familiares. A versão de que ela teria partido para cima do filho pequeno de Daiana Pereira Barroso, 33 anos, é rechaçada pelas pessoas próximas. A acusada está presa no 8º Distrito Policial e deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O corpo de Alexandra chegou ao velório ainda de madrugada e causou ainda mais revolta entre os amigos e familiares. Há marcas na testa da diarista, que podem indicar agressões. Um amigo próximo da família acredita que Alexandra foi vítima de um homicídio. “As provas estão no corpo dela, o laudo preliminar saiu asfixia, mas mesmo leigo a gente vê que ela tem muitos ferimentos pelo corpo. Ela alega que foi um acidente, mas a Alexandra tem muita marca de agressão. Isso foi um assassinato, parece ter sido cometido por mais pessoas, teve requintes de crueldade, ainda. Falaram em mata leão, a menina está cheia de marca, de roxo, de pancada na cabeça”, descreveu.
Eles também rechaçam a versão de que Alexandra teria partido para cima de uma criança. “Não existe isso, ela era uma pessoa muita boa, muito trabalhadora. Tinha todos os defeitos dela, gostava de uma pinga, usava droga, mas bandida, assassina, ladra, nada disso era a Alexandra”, completou outro amigo da vítima, que preferiu não ser identificado.
A filha caçula de Alexandra, 15 anos, diz que a amizade entre elas era recente e que a mãe teria ligado a ela, depois da Ceia de Natal. “Ela fez uma chamada de vídeo mostrando a Daiana, os filhos dela, a casa, tinham três homens na casa. Ela ligou desejando Feliz Natal, disse que tinha saído do trabalho e iria passar a Ceia com essa amiga que tinha a convidado. Mas, nada disso bate, se minha mãe tentou machucar a criança, como disseram, que ela tinha tentado enforcar a criança, porque ela não tinha nenhuma marca quando foi fazer exame do IML? Minha mãe está com um ferimento gravíssimo na cabeça, está afundada, tem marcas”, lamenta Gabriele Regina, em entrevista à Banda B.
Em um depoimento prestado na tarde de ontem, Daiana admitiu que também já teria feito uso de entorpecentes, mas que estaria ‘limpa’ há alguns meses. Ela já responde pelo crime de tentativa de homicídio contra o ex-marido, como apurou a Polícia Civil. Na versão dela, Alexandra teria tido um surto psicótico, começado a falar frases desconexas, de que “tinha a missão de matar o filho da Daiana e que estaria possuída”.
O laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba deve ser concluída no prazo de trinta dias. A Polícia Civil tem um mês para apresentar o inquérito ao Ministério Público do Paraná (MPPR), sendo possível prorrogação de mais trinta.
Fonte Banda B
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