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Operação de combate ao desmatamento soma R$ 2,1 milhões em multas no Paraná

Multas que somam R$ 2,1 milhões foram aplicadas no Paraná, nesta semana, durante a segunda fase da Operação Mata Atlântica em Pé. A ação realizada de segunda a quarta-feira (10 a 12) abrangeu os municípios de Guarapuava, Prudentópolis, Inácio Martins e Pinhão e ocorreu simultaneamente em mais 14 estados. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (13), em Curitiba.

Participaram da operação no território paranaense 80 policiais do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb-FV), fiscais do o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), representantes do Ministério Público Estadual, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e da Ong SOS Mata Atlântica.
Nos municípios paranaenses visitados foram fiscalizados 51 polígonos e confirmados 618 hectares de desmatamento. As equipes de fiscalização da Polícia Ambiental e do IAP emitiram 22 autuações que somam R$ 2,1 milhões. Também apreenderam 1,5 mil metros cúbicos de madeira e houve duas prisões em flagrante.

Segundo o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde, major Manoel dos Santos Neto, no Paraná houve casos em que os desmatamentos ultrapassaram o polígono das áreas particulares, ou seja, atingiram também áreas de proteção ambiental. “Para cada caso há uma mensuração em termos de multa e de penalização. Por isso, é importante que tenhamos um cuidado especial para que as penalidades ocorram, efetivamente, dentro do cumprimento da lei”, disse.

O major acrescentou que o trabalho deve continuar na região de Guarapuava, mesmo após o término da operação. “Nós temos naquela área a 4ª Companhia Independente de Polícia Ambiental que continuará o trabalho de policiamento ambiental, também nos municípios vizinhos, a fim de coibir a ação de desmatamento”.

A Operação Mata Atlântica em Pé foi realizada pela primeira vez em diversos estados. De acordo com o coordenador nacional da operação, o promotor de justiça Alexandre Gaio, a ação é inédita e sem precedentes. “Uma operação desse porte é um fator decisivo para que a história de proteção da Mata Atlântica tenha, de alguma forma, um retorno para sociedade quanto à proteção e conservação desse bioma”, explica.

O superintendente do Ibama, Júlio Cesar Gonchorosky, explica que o trabalho nestas regiões desmatadas está apenas começando, já que a reparação destes locais pode durar anos. “O importante é haver operações dessa envergadura, que chamem a atenção do Brasil como um todo sobre a importância da preservação da Mata Atlântica, ou do pouco que nos resta dela”, disse.

TECNOLOGIA – As áreas de desmatamento foram identificadas a partir de imagens de satélites fornecidas pela SOS Mata Atlântica, que também são utilizadas na confecção de um histórico do desmatamento e comprovação da ação criminosa. “Para constatarmos se houve algum tipo de alteração na mata são feitas imagens via satélite, aliadas ao trabalho dos policiais em campo. Isso tudo é enviado ao Ministério Público para auxiliá-lo em todo o restante do processo”, explica o major Neto.

BALANÇO – Em todo o país, o resultado parcial da operação soma quase R$ 7,5 milhões em multas, 248 polígonos fiscalizados, 1.990 hectares confirmados de desmatamento e 3.619 metros cúbicos de madeira apreendidos.

Fonte JB Litoral

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