IML confirma: corpo era mesmo de Andriely da Silva, de 22 anos
Com confirmação da Polícia Científica do Paraná, o corpo encontrado na serra da Graciosa foi reconhecido como o de Andriely Gonçalves da Silva, de 22 anos. Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o reconhecimento foi feito pela arcada dentária da jovem, na manhã desta segunda-feira (11). O laudo será concluído e encaminhado para o delegado da Polícia Civil que preside o inquérito.
Mãe reconhece corpo de Andrielly
As buscas da família de Andrielly Gonçalves da Silva, de 22 anos, parecem estar próximas do fim. Na sexta-feira (8), o corpo de uma mulher com características parecidas com as da jovem, desaparecida desde o dia 9 de maio, foi encontrado em Morretes. Cleuza Gonçalves, a mãe de Andrielly, reconheceu o corpo da filha no Instituto Médico-Legal (IML) de Paranaguá, mas alguns exames ainda vão ser feitos para comprovar se realmente se trata do corpo da jovem.
O sumiço de Andrielly foi estranho e aconteceu enquanto a moça falava com um amigo por uma ligação de vídeo. Familiares contaram que a ligação foi desligada e o próprio amigo de Andrielly percebeu uma movimentação estranha na casa da moça e disse que ela fez “cara de pânico” antes de a ligação cair.
Horas depois, o amigo recebeu uma mensagem da moça dizendo que não queria mais contato. Desde então, a Polícia Civil começou a investigar e descobriu fortes elementos que levavam a suspeita da autoria do crime ao ex-marido de Andrielly, o policial militar Diogo Coelho Costa. O soldado da PM foi preso no dia 19 de abril, quando estava internado num hospital de psiquiatria em Curitiba.
Ao ser levado para a Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Diogo foi ouvido por aproximadamente duas horas, mas durante esse interrogatório não quis falar nada e também não apontou onde poderia estar Andrielly.
O PM foi levado ao 22º Batalhão da Polícia Militar (BPM), também em Colombo, onde continua preso. A mãe de Andrielly conseguiu ter acesso ao soldado da PM e Diogo teria dito a ela que ela ainda encontraria a filha, mas não com o sorriso no rosto. O rapaz também teria falado à mãe que havia alguma chance de que encontrasse a filha na Serra do Mar.
Buscas pela jovem
Como a família de Andrielly é moradora do Litoral do Paraná, enquanto a Polícia Civil trabalhava para tentar achar a jovem, viva ou morta, Cleuza começou a procurar por conta própria pela filha. Por vezes, a mãe da moça foi até locais em que acreditava que poderia encontrar a filha, mas sem nenhum êxito.
Na tarde de sexta-feira, porém, a história começou a mudar. A Delegacia de Morretes, recebeu uma denúncia com a informação de onde tinha sido encontrado um corpo de uma mulher na Estrada da Graciosa, a PR-410. O corpo, segundo a polícia, estava dentro de um saco preto e o avançado estágio de decomposição indicava que poderia estar naquele ponto há dias.
Ao ser encaminhado ao IML de Paranaguá, a mãe de Andrielly reconheceu o corpo da filha. Apesar da forma em que o corpo estava, já sem a possibilidade de um reconhecimento facial, Cleuza conseguiu identificar a roupa da filha e também, o que mais pesou no reconhecimento, uma tatuagem no braço.
O crime
Diogo é apontado como principal e único suspeito do desaparecimento e da morte de Andrielly. Os últimos registros que mostram os dois juntos foram imagens de câmeras de segurança, que mostram os dois saindo do apartamento da jovem por volta das 3h da madrugada no dia do desaparecimento.
Como a família da jovem mora no litoral, há a possibilidade de que ele tenha a convencido a ir de carro com ele para a casa dos pais dela, e no caminho cometeu o crime. A jovem vivia com o PM há quatro anos e, segundo a Polícia Civil, o relacionamento tinha acabado. “Ele não aceitava o fim do namoro”, destacou o delegado Reinaldo Zequinão Neto.
Segundo o que foi apurado até agora, no carro do rapaz, um Fiat Marea, que foi apreendido, os policiais encontraram sangue. “Suspeitamos que tenha acontecido alguma discussão entre eles e ele tenha a matado”, avaliou.
Fonte: Blog da Luciane Chiarelli
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